Surto atrás de surto
Se você estiver procurando um thriller que te surpreenda, Flower of Evil é o ideal. Gostei tanto, surtei tanto, que ele se tornou um dos meus dramas preferidos. A atuação é maravilhosa, você realmente sente aquilo que os personagens estão passando. O roteiro foi muito bem escrito, não tem furos e todas as peças se encaixam perfeitamente. A OST também é linda e super marcante. Fora a química entre o casal principal que é a tabela periódica inteirinha.Flower of Evil equilibrou perfeitamente suspense, ação e romance. Um daqueles dramas que você precisa assistir com uma xícara de chá de camomila do lado para conseguir ficar calmo.
Recomendo demais!
Vond je deze recentie nuttig?
Estoy louca depois de assistir
Comecei a assistir pela premissa de envolver viagem no tempo . Os dois primeiros episódios são espetaculares e te prendem demais! Não que você entenda alguma coisa de primeira, mas é justamente isso, esse ponto de interrogação, que te faz querer continuar assistindo.O drama é desenvolvido em cima do mito de Sísifo, não atoa esse é o título da produção. Isso significa que tudo o que está acontecendo já aconteceu diversas vezes antes, daí o motivo de os nossos protagonistas nunca conseguirem vencer o vilão, ele sempre sabe de todos os passos que eles deram porque sua versão maligna anterior deixou tudo por escrito para a sua próxima variante. E tudo parece ir conforme o plano até que as atitudes dos mocinhos passam a mudar, assim possivelmente mudando o futuro. Esse negócio de viagem no tempo me deixou louquinha da cabeça. Tinha hora que eu pausava o episódio para racionar o que tava rolando. Para complicar ainda mais o raciocínio, apareceram os furos de roteiro. Por mexer demais com linhas temporais diferentes, era inevitável que não surgissem furos. Furos estes que poderiam ser resolvidos facilmente se o roteiro tivesse passado por um olhar mais atento( e não tô nem falando de paradoxos temporais).
No geral, é um bom drama. Atuações excelentes, trilha sonora perfeita, cenas de ação muito bem coreografadas e uma ambientação futurística muito bem feita (tem umas cenas de ação que o CGI deixou a desejar, mas bola pra frente). O que me incomodou, de verdade, foi o roteiro que se perdeu em alguns pontos e a fórmula repetitiva de "vilão encontra mocinho. Mocinho luta e foge. Vilão volta a perseguir mocinho".
As cenas finais são um tanto confusas e deixaram o final meio aberto, como se aquela história contada fosse apenas mais uma das muitas versões que ocorreram e ainda vão ocorrer. Como a sina de Sísifo em rolar a pedra até o topo da montanha eternamente, sem nunca chegar ao seu objetivo. Não achei ruim, o final foi, de certa forma, coerente (principalmente ao nome do drama), mas acredito que o roteiro poderia ter sido executado de uma forma melhor.
Vond je deze recentie nuttig?
La La Land da Coreia do Sul
Já dizia Pablo Neruda: "é tão curto o amor, tão longo o esquecimento".Razões pelas quais o drama promete ser um dos melhores de 2022 (pelo menos para mim)
Há alguns pontos que quero destacar que me levaram à essa conclusão, apesar da opinião popular sobre o final do drama.
A primeira delas é a construção dos personagens.
Vinte e Cinco, Vinte e Um nos apresenta personagens reais e longe do idealizado pela maioria das produções ao longo da história da teledramaturgia. Ao mesmo tempo em que você sente raiva de algumas atitudes deles, o drama mostra o backstage, o que acontece por trás do palco e que somente o telespectador tem acesso. Você consegue perceber os sentimentos conflitantes que envolvem cada personagem, mesmo daqueles que não aparecem rotineiramente.
Somado a isso, o desenvolvimento do relacionamento dos protagonistas foi um dos mais bonitos que já presenciei durante minha jornada de dorameira. Desde o início, quando eles tinham 22 e 18, a amizade que estava sendo formulada sempre apontava para o amor romântico que viria no futuro.
Há uma expressão japonesa chamada "koi no yokan". Ela se resume, basicamente, na sensação de quando você conhece alguém e sabe que vai se apaixonar por ele. Talvez você não o faça imediatamente, mas é inevitável que aconteça. Além disso, é incrível como todas às vezes em que um dos dois estava quebrado, a simples presença do outro era como um bálsamo para aquele.
Isso, dentre tantas outras coisas, é o que torna Twenty-Five, Twenty-One diferente de outros dramas.
Outro ponto é sensação mágica de se sentir parte da história.
Eu sou apaixonada por produções que me tiram do momento presente e me transportam para dentro de si mesmas. O figurino, a ambientação e até mesmo a trilha sonora retrata a década de 90 com perfeição e te deixa com um sentimento de nostalgia tão grande que parece que foi você quem viveu tudo aquilo.
Preciso destacar também a beleza da fotografia desse dorama e a trilha sonora, com ênfase para Twenty-Five, Twenty-One, da banda coreana Jaurim.
A série exala poeticidade do primeiro ao último episódio, e é claramente perceptível o cuidado do diretor em transmitir essa poesia através do ângulo que foi gravado cada cena, das cores que compõem o ambiente, do timing perfeito entre acontecimentos do enredo e a melodia e letra de cada OST.
Como falei algumas linhas acima, uma das músicas que compõem a trilha de Vinte e Cinco, Vinte e Um possui exatamente o mesmo título do drama. Inclusive, acho que a roteirista deve ter se inspirado nela, porque não é possível que uma música de 2013 represente tanto um drama que foi lançado sete anos depois.
O trecho da música que melhor exprime a essência de 2521 é "eu pensei que duraria para sempre os nossos 25 e 21/eu pensei que você e eu daquele dia duraria para sempre".
Não sei quando, não sei como e não sei nem se isso vai acontecer, mas em algum momento eu vou precisar superar Twenty-Five, Twenty-One. Porém, em quanto esse dia não chega, ainda tenho mais algumas palavrinhas para falar sobre esse drama que tanto me marcou.
O squad de milhões
Quatro adolescentes e um homem jovem adulto. Como personagens tão diferentes poderiam formar um dos melhores grupos de amigos de todos os tempos?
A resposta? Justamente porque eles são tão diferentes.
Moon Ji Woong aparenta ser o típico garoto bonito e desinteressado pelos estudos, mas com o decorrer dos episódios percebemos o grande coração e o futuro promissor do menino apaixonado por música, moda e ser o centro das atenções.
Ao contrário dele, sua melhor amiga, Ji Seung Wan, é a aluna modelo da escola e presidente de classe. Os estudos e a prova do CSAT é tudo o que ela vê como resposta para o futuro.
Ko Yu-Rim é medalhista de ouro em esgrima e a inspiração da protagonista do drama. Ela é doce e gentil, mas as dificuldades financeiras dos pais causa desconforto e culpa por se dedicar a um esporte ao invés de um trabalho fixo.
Na Hee-Do vem de uma família abastada, mas sem o apoio da mãe todas as conquistas que obteve foi com o próprio suor e resiliência. A sua vibe caótica e expressiva casou muito bem com a personalidade de cada membro do squad. Kim Tae-ri não merece somente palmas, merece o Tocantins inteiro. Uma mulher de 31 anos capaz de interpretar uma jovem de 18 anos que encontra felicidade em colecionar adesivos, ler histórias em quadrinhos e ver fogos de artifício é o auge do quão icônico alguém pode ser. E, sim, Kim Tae-ri, você é icônica!
Nam Joo-Hyuk de maneira nenhuma ficou para trás. Diferente da Tae-Ri, eu conheço o ator de outros trabalhos e posso dizer como toda a certeza do mundo o quanto ele evoluiu e o profissional espetacular que se tornou. Nam Joo-Hyuk disse certa vez que queria fazer as pessoas se emocionarem. Bom, ele conseguiu. E dar vida a Baek Yi-Jin foi o ponto alto da sua carreira como ator.
Baek Yi-Jin viu a família se separar depois que seus pais faliram. Ele precisou se reerguer das cinzas e trabalhar em qualquer emprego que visse pela frente para tentar reunir a própria família outra vez. Como o mais velho do squad e sunbae de Moon Ji Woong e Ji Seung Wan, ele repassou suas experiências, mas também se permitiu sentir a alegria desprovida de arrependimentos da juventude.
Fora as interações entre os protagonistas, os momentos de convívio do squad é o melhor de tudo que o drama poderia proporcionar. A química entre o elenco é maravilhosa e as cenas são carregadas de paixão, amor, comédia e vontade de viver!
Aqui termino a parte sem spoilers da resenha. Se você fica por aqui, obrigada por ler essa multidão de palavras de uma dorameira emocionada. Espero que tenha despertado em você o desejo de assistir essa preciosidade de dorama.
Mas se você não tem problema em pegar um pequeno grande spoiler sobre o final do enredo, então separa mais um tempinho e continua comigo!
Final agridoce ou happy ending? (CONTÉM SPOILERS)
Existe uma frase que diz que almas gêmeas estão destinadas a se encontrarem, mas não a ficarem juntas. Baekdo é exatamente assim.
A sensação que eu tive quando terminei – e que tenho até agora – é de que é injusto duas pessoas que se amaram e se apoiaram em tudo terem um final longe uma da outra, como se fossem completas desconhecidas. Eu não consigo imaginar um mundo onde Baeko não sejam casados e felizes por toda a eternidade.
Foi uma jogada arriscada da roteirista trazer a vida real para uma produção ficcional. O meio audiovisual e literário é repleto de obras de meia tijela, mal construídas, mas que são aclamadas pelo público simplesmente por proporcionarem um final com um casal "felizes para sempre". No entanto, Twenty-Five, Twenty-One foge do convencional final de conto de fadas. Assim como La La Land: Cantando Estações – o filme estadunidense ganhador de vários prêmios –, o drama coreano fala sobre pessoas que entram e saem das nossas vidas, até mesmo aquelas que nos marcam profundamente. Elas fazem um grande rebuliço em nossa caminhada e nos ajudam a crescer, mas infelizmente são passageiras.
Talvez um "final feliz" nos satisfizesse. Porém, e quando se trata de impacto? Quando se refere a enviar uma mensagem e permanecer fiel a um roteiro e seu propósito? Falando como escritora, fico feliz de que a roteirista tenha se mantido leal à sua ideia (apesar de que o meu coração de telespectadora esteja sangrando).
Canções são sobre amores que não deram certo. Poesias também. Por que filmes, séries ou livros não podem ser? Por que reduzir a qualidade de uma obra simplesmente por causa de um final não convencional? Nem tudo se resume a finais felizes, ou melhor dizendo, finais felizes não se resumem a casais que ficam juntos para sempre.
Abrindo um pequeno espaço para falar de modo geral, não me referido ao final do casal, acredito que o drama merecia um último episódio um pouco melhor. Mesmo que o destino de Baek Yi-Jin e Na Hee-Do fosse o mesmo, eles ainda mereciam muito mais do que receberam.
Voltando para Baekdo, de um ponto de vista mais crítico, a narrativa da série está encapsulada nas memórias da juventude dos personagens. Foi proposital que precisássemos passar pelos momentos doces e amargos de suas vidas para entender o sentimento agridoce de relembrar os anos que se passaram. Por isso, penso que era irrelevante ter conhecimento de quem é/era o marido da Hee-Do ou de como o restante dos personagens estão atualmente. O final ficou com um gostinho de segunda temporada ou episódio bônus (apesar de que acho isso pouco provável de acontecer).
Vinte e Cinco, Vinte e Um é um drama que te faz pensar sobre o que teria sido diferente se suas atitudes no passado fossem outras. É sobre a intensidade de um amor na juventude. Em uma época, como a própria Hee-Do fala, onde a amizade, o amor e os bons momentos eram tudo o que importava.
Um tempo como a juventude dura apenas um instante. À medida que ficamos mais velhos, percebemos o quão difícil é fazer as coisas que costumávamos fazer e como gerenciar as nossas prioridades revela muito de quem nos tornaremos. Nada dura para sempre e é justamente por isso que cada momento deve ser vivido intensamente e aproveitar a sensação de eternidade que esse dito momento pode proporcionar. Com o tempo essa memória se tornará fraca, do tipo que só pode ser trazida à tona com uma foto, uma música ou um diário. Serão essas memórias que nos permitirão criar novas e termos esperança de que um sentimento como o daquelas recordações antigas pode ser sentido novamente.
Apesar de tudo, Twenty-Five, Twenty-One merece ser assistido pelo máximo de pessoas possíveis, mesmo que muitas delas saiam desprezando o drama por um todo por causa de algo que não gostaram. E tudo bem. O direito de gostar ou não de algo é dado livremente a cada um. O meu desejo é que assistam o drama conscientes de que nem tudo vai ser mil maravilhas, mas que os bons momentos estarão para sempre guardados no coração de quem participou deles. Assim como o squad de Vinte e Cinco, Vinte e Um estará para sempre gravado em minha memória.
"Finais felizes" não são de todo irreais, mas também não deixam de ser o estágio da estória em que a vida dos personagens se estagna e não sabemos de todos os perrengues que são necessários para manter estes "finais felizes".
Um relacionamento amoroso (principalmente o primeiro amor) não é um mar de rosas onde o "felizes para sempre" é uma realidade constante. No entanto, Na Hee-Do e Baek Yi-Jin escreveram em um arco-íris o verdadeiro significado de amor para mim.
Um amor puro que não passa com o tempo, mesmo que as pessoas se distanciem e as singelas e frágeis memórias da juventude sejam tudo que fique.
"Ouvi dizer que toda tragédia na vida é uma comédia se vista de longe. Isso significa que temos que viver como se estivéssemos nós vendo de longe."
– Twenty-Five, Twenty-One
Vond je deze recentie nuttig?