who's the monster ?

"se não é para todos então não é felicidade."

"quem é o monstro?"


essas duas frases são exatamente o que define o filme como um todo. a felicidade aqui vem da pior forma, que é extremamente passageira, que parece boa demais para ficar durante muito tempo. como se os personagens não merecessem ter acesso, o que chega a ser cruel pois há personagens aqui que definitivamente deveriam ter um acesso ilimitado a ela.

sobre a segunda frase, é o que faz o filme ser tão transformador. toda a construção da narrativa durante o filme é algo hipnotizante de se acompanhar. os questionamentos que são levantados e as respostas que são obtidas a cada novo ponto de vista faz com que o filme seja um deleite de se ver. as nuances entre os personagens e as dúvidas sobre quem fez o que, ou que simplesmente deixou de fazer, e consequentemente os impactos que foram resultados dessas ações levanta um tipo de questionamento de que até qual ponto saber a verdade é o que realmente interessa ? como definir que o que aconteceu nas entrelinhas tem um valor menor do que a verdade?

eu havia visto uns paralelos comparativos com close do lukas dhont, e a minha semelhança favorita é a criação de um mundo que mistura realidade e fantasia em que nada importa além dos momentos que estão sendo criado entre duas pessoas, em que a felicidade parece ser o único sentimento possível e nada externo tem poder ali.

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um bom retrato do luto

"talvez eu nunca goste de mim mesma. isso me assusta um pouco"

estou contente que essa foi a minha primeira escolha de filme para começar o ano pois foi uma boa escolha. é uma história muito bem contada, tem detalhes incríveis em conjunto com uma fotografia que chega a ser absurda e personagens interessesantes

eu tenho pensado bastante como o luto é retratado aqui, não me parece uma coisa sutil mas também não é um luto que se comporta como avassalador. parece que ele só está ali, na espreita, e dias são mais fáceis e outros são mais complicados. eu consegui perceber na mana a sensação de você querer seguir em frente mas não conseguir e parece tão injusto que as outras pessoas tenham conseguido fazer isso, parece um insulto a memória da pessoa. parece que com o tempo passando e ela vendo as gravações a ideia da morte fica muito mais palpável e visitar alguns lugares que lembram a sumire torna o fardo algo mais tolerável mas a lembrança da presença da sumire ainda parece algo ardente.

gostei muito do filme ter dado uma visão de ambas meninas, tira a dúvida sobre um sentimento unilateral e mostra um aprofundamento na relação das duas. ter mostrado como foi o último dia da sumire foi algo que eu não estava esperando e a finalização da obra com a animação a consolidou como um ótimo filme.

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uma atmosfera hipnotizante

eu acho que o ponto alto aqui são os cenários que são construídos ao longo do filme, existe uma dramatização entre as cenas de uma qualidade absurda, a cena em que ele vai gravar a despedida e começa a chorar é um exemplo claro disso. eu vi muitos comentários sobre os filmes do diretor então fui com uma certa expectativa mas infelizmente não consegui me conectar com a história. eu pude perceber que o filme possui uma boa construção de história, que é uma bela história aliás mas eu fiquei com a sensação de eu estava assistindo completamente de fora, acredito que eu eu estava distraído no dia então tenho a certeza que quando eu rever vou poder aproveitar mais da obra.

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confuso em certos momentos mas lindo

Tem algo muito poético em você decidir que não quer mais viver e derrepente conhecer uma pessoa que muda sua perspectiva de vida, e não somente em um âmbito romântico mas ela te traz toda uma percepção nova sobre o que é a vida. Mais poético ainda é você se conectar tanto com uma pessoa que, em todas as linhas temporais existentes vocês acabam se encontrando e nutrindo uma relação.

O filme tem uns aspectos confusos que parece levar para muitos lugares e nenhum ao mesmo tempo mas tem uma fotografia e cenografia impecável. fiquei babando o tempo todo nos cenários externos que eram absurdos de lindos.

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leesong heeil the director that you are

Esse é o segundo filme do leesong que eu vejo e ficou claro pra mim a necessidade dele de mostrar as dificuldades de se ser gay em determinados ambientes. É um sentimento misto de admiração e tristeza em relação a obra dele. Admiração por uma arte transgressora que respinga não só no contexto do país de origem mas em outros também, e tristeza por uma retratação tão cruel de algumas vivências mesmo em uma obra de ficção.

Aqui se tem a demonstração de como o ambiente escolar consegue ser um espaço totalmente doentio e traumatizante. Não existe um motivo claro que explica a repulsa dos bullys com as vítimas, o que torna tudo pior. A ideia de uma pessoa ser diferente de você e por isso ela deve ser punida é tão bizarra. É triste ver o yong ju tentando buscar por alguma mudança enquanto lida com os sentimentos conflitantes dele, como ele demora tanto pra ter alguma reação mesmo cultivando um afeto por anos. Assim como ver o gi woong enfrentando diferentes dilemas e evitando de sentir qualquer resquício de sentimento que não seja raiva. Os altos e baixos da relação dos dois traz muitos sentimentos conflitantes ao ponto de você não saber como quer que os dois termine.

Mais uma vez nos minutos finais de um filme do leesong eu perdi toda minha sanidade, talvez seja o modus operandi dele (não aguento mais um assim)

P.S. a cena final da escola me lembrou mto a de weak hero class em que o sieun quebra tudo, fiquei pensando se eles não se inspiraram no filme.

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